O meu ponto de vista

Dezembro 29 2004
Somos aquilo que fazemos
consistentemente.
Assim, a excelência
não é um acto
mas sim um hábito
(Aristóteles)

José Sócrates prometeu-nos um PS novo, com renovados rostos, com abertura à sociedade.

Porém, o mais que conseguiu é a inclusão de Matilde Sousa Franco como nº 1 por Coimbra. Com todo o respeito e admiração por esta grande senhora, sou de opinião de que não se trata de rejuvenescimento.

Quanto aos restantes distritos são os mesmos de sempre, com a agravante de colocar João Cravinho, o despesista-mor deste reino, v.g. SCUT, como cabeça de lista por Faro.

Como se vê a mentira tem perna curta.

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 18:12

Dezembro 25 2004
Segundo notícia do Expresso, de 2004.12.24, se o PS voltar a formar governo vai acabar com os exames no 9º ano e «apostará no reforço da avaliação aferida para todos os alunos do 4º, 6º e 9º ano do Ensino Básico».

Enfim, começa-se a entender o que nos espera se o PS voltar a governar Portugal: a bagunça, o pântano, o mar de indecisões a que estivemos submetidos entre 1996 e 2001.

Provas de aferição! Mas existirá alguém em Portugal, a não ser as mentes entorpecidas dos psedo-cientistas da educação, vulgo Ana Benavente e outros, que não saiba que estes instrumentos de avaliação de nada valem?

E não valem nada, na medida em que nem docentes, nem alunos, nem pais os olham com o mínimo de seriedade! Mas alguém no seu perfeito juízo acha que os alunos do 6º ano e principalmente os do 9º ano farão, com algum rigor, aquelas provas, sabendo que não contam para a sua avaliação imediata e que, ainda por cima, são anónimas? Mas se muitos destes alunos nada respondem nos testes e provas globais, quando até têm a certeza de que isso se reflectirá na sua avaliação de final de período/ano, como se poderá estar à espera que façam um trabalho sério com as provas de aferição?

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 11:24

Dezembro 24 2004
Ontem mais uma descoordenação governamental se registou: Morais Sarmento anunciou, no final do Conselho de Ministros, que o inquérito ao concurso de professores do ano lectivo passado seria tornado público ainda naquele dia. Quatro horas mais mais tarde a Ministra da Educação veio desmentir aquele, afirmando que o relatório tinha sido dado como confidencial e como tal não seria divulgado.


Ora, para além, deste episódio pouco edificante, perdeu-se uma bela oportunidade de demonstrar a todos os que durante larguíssimos meses contestaram por todos os meios a política educativa do PSD, que o governo nada tem a esconder e navega em águas transparentes.


Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 11:31

Dezembro 08 2004
Ontem, cerca de 2000 pessoas, cantaram os parabéns pelo 80º aniversário de Mário Soares.

Teceram-se loas a este político, o qual aproveitou o evento para criticar outros, chegando ao cúmulo de afirmar que esperava que a próxima safra trouxesse melhores políticos, numa analogia entre o vinho e os políticos.

Como é evidente, estava a pensar em Sócrates e a sua camarilha. E lá estavam Adriano Moreira, Freitas do Amaral, Ângelo Correia, para só citar alguns, a baterem palmas.

Pergunta-se:
Será que a vergonha não tem limites?

Será que estas pessoas já esqueceram
• a falta de preparação no tratamento dos mais diversos dossiers aquando dos seus governos?

• as alianças com quase todas as forças políticas para unicamente se perpetuar no poder?

• a força de bloqueio que foi durante os governos de Cavaco Silva, onde aliás, alguns daqueles que ontem lhe bateram palmas, fizeram parte?


Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 16:58

Dezembro 06 2004
"Marques Mendes está em risco de deixar de ser cabeça de lista do PSD por Aveiro, depois de o líder distrital, Ribau Esteves, ter avisado que a lista de candidatos "não deve integrar críticos do actual primeiro-ministro".
Este excerto é de uma notícia do “Público” de hoje. A caça às bruxas já começou.
Por muito que hajam apelos das diversas concelhias do PSD, pertencentes à distrital de Aveiro, para que Marques Mendes se recandidate, os dislates já começaram.
Que serve Barbosa de Melo, ex-presidente da Assembleia de República, e uma das maiores referências do PSD afirmar que “é preciso aceitar as críticas internas, porque elas são o sangue e a linfa do partido”, se existem trogloditas da política que acham que quem não é por nós é contra nós.
Quem nos acode?
Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 22:22

Dezembro 05 2004
Ex.mo Senhor Prof. Doutor


Face ao grave momento político, atrevo-me a escrever-lhe esta carta aberta. Assim, como introdução relembro a V. Exª, em termos de retrospectiva, os passos mais importantes do curto reinado de Pedro Santana Lopes (PSL):

 Alteração da orgânica governamental, mudando ministros a seu belo prazer, mas sem aproveitar os melhores;
 Rodeou-se de amigos sem esquecer mordomias;
 Logo na tomada de posse o inesperado aconteceu: discurso desconexo, ministros que o foram sem o saberem antes (Assuntos do Mar) e danças de secretários de estado (Combatentes/Cultura);
 Transição, de um dia para o outro, de um clima de austeridade para o desafogo, como que por milagre;
 Descoordenação governamental: Casos GALP (N. Guedes versus Álvaro Barreto), descida de impostos (Bagão Félix versus Santana Lopes); etc.
 Comunicação social, com os casos de Marcelo Rebelo de Sousa, RTP, RDP, DN e LUSA;
 Comunicado sobre a sua eventual sesta;
 Adiamento de tomada de posse de governantes para comparecer no casamento da filha da sua chefe de gabinete, invocando, para isso, dificuldades de agenda;
 Remodelação de ministros quando se esperava apenas de secretários de Estado, sem que alguns daqueles soubessem, levando a que a respectiva tomada de posse fosse mais um momento alto de desconsideração geral;
 Ministro e amigo de longa data que se demite após 4 dias da tomada de posse, escrevendo uma carta com os epítetos que todos conhecemos.
 Sectores económicos que não se coibiram de afirmar alto e bom som que preferiam eleições à falta de estabilidade provocada por PSL;
 Igreja a afirmar que temos políticos mas não políticas;
 Alusão a que o governo era como um bebé na incubadora, originando que se concluísse que aquele tinha nascido mal.
A lista anterior é só um resumo. A mesma poderia ser muito mais extensa, pois só peca por defeito. No entanto, espelha a falta de sensatez, a inexistência de estadista, a demonstração cabal daquilo que é um mau gestor, cujo sentido de responsabilidade não vai mais longe do que as "Docas".

Ora, esta apreciação leva-me a levantar uma série de questões pertinentes:
• É este o homem que queremos para governar o nosso país?
• Com os exemplos acima citados, é possível aclamá-lo em campanha eleitoral?
• Como dizer às pessoas que P.S.L. é um líder para governar 4 anos quando em 4 meses não poderia ter feito pior?
• Quem se atreverá a fazer campanha com ele? Os mesmos que durante estes 4 meses o rodearam? E onde estarão Marques Mendes, Leonor Beleza, Teresa Patrício Gouveia, Manuela Ferreira Leite, Marcelo Rebelo de Sousa, etc.?
Nesta ordem de ideias, não concordando com a análise de alguns observadores, os quais pensam ser conveniente que PSL caia em desgraça pelo seu próprio pé, face à previsível derrota nas próximas eleições, para depois regenerarem o partido, sou de opinião de que se deve promover, desde já, uma vaga de fundo de modo a fazer com que apareça alguém, não como salvador da pátria, mas como galvanizador das energias do PSD e que consiga arrastar este país para a senda do trabalho, da iniciativa, da responsabilização, isto é, rumo ao progresso.

Como certamente observou houve um nome que, de forma propositada, anteriormente não citei: o de V. Exª. Reconheço que é extremamente difícil demovê-lo para que volte à vida partidária, mas já tenho alguns anos e, por isso, sei que, em política, não existem impossíveis.
Porém, creia que muitos existem a pensar como eu, ou seja, é necessário que V. Exª se consciencialize de que o país necessita muito mais de si como primeiro-ministro do que como Presidente da República. A este propósito, tomo a liberdade de lhe pedir que leia, se ainda o não fez, o artigo interessantíssimo do insuspeito António Barreto, publicado no “Publico” de 2004-12-05.
Senhor Prof., tenha a certeza absoluta que o sentimento das bases é este: esperam ansiosamente alguém que lhes proporcione garantias de ponderação, estabilidade e, acima de tudo, sentido de estado. É que, no fundo, sentem-se órfãos e temem de volta o “pântano” guterrista, agora revisitado de novas roupagens.

Esperançado no regresso, mais ou menos imediato, de V. Exª queira, entretanto, aceitar os protestos da mais alta consideração.


Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 23:01

Dezembro 05 2004
Desde os tempos imemoriais que o uso de algo novo sempre foi motivo de comemoração e consequente festa. No fundo, é o manifestar da alegria e satisfação por, finalmente, se possuir o que há muito se almejava.

Pois é, caros amigos, este é um espaço novo e, por isso, sinónimo de regozijo. Mas como é do conhecimento geral a festa não se faz com uma só pessoa. Assim, se não houver outros convivas o carácter festivo perde-se.

Neste sentido, eis o convite para que muitos outros venham até nós e todos juntos façamos a festa.

Hernâni de J. Pereira
publicado por Hernani de J. Pereira às 12:09

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
hernani.pereira@sapo.pt
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