Até aqui, tudo bem. É a opinião da Fenprof e tem direito a proclamá-la!
Porém, o que não está certo e não é sério é afirmar que os professores dão nota negativa aos agrupamentos de escola, na medida em que no aludido estudo estiveram envolvidos, segundo aquela estrutura, 1156 profissionais da educação.
Vamos a contas. Em Portugal existem para cima de 100 000 docentes no activo; sabendo que no ensino secundário estão cerca de 40 000, sobram mais de 60 000 a trabalhar nos agrupamentos de escolas. Porém, sabendo que alguns - muito poucos - estabelecimentos de ensino (pré-escolar, escolas do 1º CEB e EB 2, 3) não se encontram agrupados, vamos afirmar, por baixo, que os docentes em serviço nos agrupamentos de escolas serão 50 000.
Assim, salvo melhores números, os professores do estudo da Fenprof não terão ultrapassado os 2,3 % da totalidade.
Qualquer leigo em matéria de investigação sabe que uma amostra desta natureza não possui qualquer rigor científico.
Por isso, mais uma vez fica demonstrada a enorme demagogia da Fenprof.
Hernâni de J. Pereira