A ocorrência de situações indignas, tanto profissionalmente como politicamente – atenção que não estou a referir-me à “alta” política, mas àquela que mais de perto nos cerca -, poderá e deverá ser evitada, se, à semelhança de tantas e tantas actividades devidamente regulamentadas por entidades corporativas ou governamentais, passar a ser acautelado o acesso indiscriminado a lugares de gestão a pessoas que, apesar de se colocarem constantemente em bicos dos pés, são desqualificadas, principalmente moralmente.
O bem comum, o serviço público que deve ser prestado em termos de res publica, tal como deve acontecer em muitos outros labores, deve pautar-se por exigência de adjectivalizações positivas, competência técnica e política especializada, mas, sobretudo, o respeito por princípios, valores e códigos éticos inequivocamente definidos.