Isto de ser notícia, senão diariamente, quase todos os dias, dá, na maior parte das vezes, origem a imbecilidades e das grossas. E, apesar de há muito isto ser do domínio comum, o certo é que os nossos governantes não aprendem. Que o diga Nuno Crato.
O MEC não faz a coisa por menos. Senão, vejamos.
Há coisa de duas semanas foi a lembrança de colocar ex-militares a fazer vigilância – não sei se de G3 em punho ou não – nos recreios das nossas escolas. Por um lado por causa da diminuição drástica do pessoal não docente e, por outro, devido ao envelhecimento deste.
É evidente que, de imediato, vieram logo os arautos do costume a dizer mal da solução. A esquerda a comentar que se queria militarizar as escolas e os directores destas, com receio de não terem “mão” naqueles – a designação de sargentões não é por acaso -, a vituperarem tal argumentando que estes não possuem formação para o fim preconizado.
Uma outra medida surgiu muito recentemente, no âmbito da luta contra a obesidade, e passa por transmitir aos alunos a ideia de que se devem deslocar para a escola a pé ou de bicicleta. Até que enfim! Sinto-me vingado. Há quase cinquenta anos, quando iniciei os meus estudos liceais, a esmagadora maioria dos discentes, tal como eu, na ausência de quaisquer transportes públicos, deslocava-se das suas aldeias de bicicleta. Este vosso escriva, por exemplo, percorria cerca de quinze quilómetros para cada lado e olhem que nunca faltou, quer fizesse sol, chuva ou neve.
Ah, já agora, vou montar uma empresa de venda e/ou aluguer de “bikes”.